Sites Grátis no Comunidades.net Criar um Site Grátis Fantástico

Montenegro - o site oficial do Livro de 2008


Andre Ventura is a new brilliant author Olufemi Amao, writer, poet and researcher
Total de visitas: 45927
MONTENEGRO – A história por detrás do livro. Memórias de uma alucinante viagem literária.

Segundo a narrativa do próprio André Ventura, “MONTENEGRO” começou por ser escrito ao acaso: um adepto incondicional do desporto, especialmente do ciclismo, um autêntico devorador de literatura e um contacto muito pessoal com o mundo da doença e do seu espectro atemorizador foram os três ingredientes que um dia se juntaram e determinaram as primeiras palavras da obra que acabaria por encerrar uma das mais bonitas histórias dos nossos dias.

Apesar de ter sido autor de uma série de artigos e monografias, especialmente no campo do direito ou da intervenção social, André Ventura tentou várias vezes, sem sucesso, levar a bom porto uma narrativa que, cada vez mais, ecoava no seu cérebro e no seu coração. Olhava o mundo em seu redor e projectava nele o atribulado conjunto das suas emoções internas, tendo sido cada dia determinante para a configuração de “MONTENEGRO” e do seu enredo dramático.

As tentativas foram variadas e frustrantes os resultados, que impunham ao autor uma sensação cada vez maior de impotência, de incapacidade comunicativa. Nas palavras do próprio autor “é como querer insistentemente dar à luz um filho, trazer uma nova luz ao mundo e depararmo-nos permanentemente com obstáculos mesquinhos que nos abortam a tarefa”.

Foi um facto curioso que o levou a decidir-se a terminar, de uma vez, a história de Luís Montenegro e da sua jovem atribulada vida. Apesar de incompreendido, de questionado, André Ventura continua a dizer que foi a notícia do lançamento do último filme da saga “Rocky Balboa” que o determinou a não desistir, fossem quais fossem os obstáculos que teria de ultrapassar e as frustrações pelas quais teria de passar.

Ver aquele homem, já para além da barreira dos sessenta anos, ter a coragem, a força e a determinação para reencarnar, uma vez mais, um personagem lendário pela sua robustez e resistência física, instalou no seu espírito um lema que ainda hoje permanece: “podemos ganhar, ou perder, mas há que terminar. Nunca desistir!”

“MONTENEGRO” explora ainda uma outra dimensão que o autor tem referido insistentemente: a dimensão religiosa. Simbolizado pelo misterioso sorriso de Mordechai, o pensamento e a religião judaica aparecem como pano de fundo (ou um dos panos de fundo paralelos) e chave de compreensão desta narrativa, precisamente porque o homem não se compreende sem a dimensão religiosa inata, imanente às suas aspirações e ao seu carácter.

Neste sentido, André Ventura é claríssimo ao afirmar que “MONTENEGRO” nunca teria sido possível – pelo menos na sua construção simbólica – sem a sua própria experiência religiosa, sem o conhecimento pessoal de como o espírito do sagrado influi e determina, independentemente da nossa concepção da vida, as nossas escolhas e os nossos próprios sonhos.

“MONTENEGRO” recebe ainda diversas influências estéticas e literárias, fruto da paixão do autor pela literatura espanhola e inglesa. Mas, como sublinha André Ventura, recebe sobretudo a influência dos lugares, da panóplia de lugares e de pessoas que marcaram a vida do autor ao longo destes anos: desde o ritmo festivo da cidade espanhola de Salamanca, ao pitoresco quadro inspirador das ruas do Porto e ao incrível mundo aberto das paisagens irlandesas, uma riquíssima herança existencial que não podia deixar de se projectar sobre o herói da narrativa e sobre cada um dos personagens de “MONTENEGRO”.

Porém, André Ventura sublinha que nada disto teria sido possível, toda esta alucinante viagem literária teria sido em vão se não o movesse um simples e estimulante objectivo: oferecer às pessoas do seu país uma história rica, bela e inspiradora que, mais do que conceitos, tramas ou enredos dramáticos, pudesse ser um contributo, um pequeno incentivo, a que nunca desistam da felicidade.